Skip to content

Budismo, meditação e cultura de paz | Lama Padma Samten

Como fazer para manter a calma diante das questões do dia-a-dia: trabalho, contas, filhos?

É melhor atuar com as cinco sabedorias. Na vida cotidiana, as cinco sabedorias, quatro qualidades incomensuráveis e seis perfeições. Simples. Este é o aspecto sutil. Mas quando a gente está complicado no meio da vida, a gente está preocupado com o aspecto grosseiro. Mas o aspecto grosseiro é resolvido pelo aspecto sutil, e o aspecto sutil espelha o aspecto secreto. Porque quando a gente está preso no aspecto grosseiro, parece que a gente está preso. Então, a gente não vê o aspecto secreto, que é o fato de que a natureza da mente é livre. A gente pode se posicionar ou trocar a experiência a partir do aspecto sutil, mas a gente não se dá bem conta disso. Então, é necessário o aspecto secreto sempre.
Quem está preso sempre tem essa sensação de que “não tem como fazer, não tem como mexer, estou realmente numa condição difícil”, a pessoa tem essa sensação. Essa sensação de rigidez é a falta da compreensão da vacuidade. Quando a vacuidade surge, a pessoa vai perceber que o aspecto sutil é possível. A pessoa pode posicionar a mente de um outro modo e movimentar a energia de um outro modo. Quando ela faz isso, a realidade muda.
Então, minha sugestão sempre é essa: em qualquer lugar, se você estiver numa empresa que estiver afundando, estiver em um lugar super difícil, sempre faça isso: tente entender os outros no contexto deles, alegre-se em ajudar as pessoas. Entenda que, afinal, a gente nasce nu e morre nu, a gente não leva nenhuma vantagem. Não há nada a ganhar em meio ao mundo. Compreenda que as ações negativas vão produzir problemas e as ações positivas são melhores, e que é possível praticar a ação de poder de não se perturbar com as coisas, é possível praticar ação pacificadora de cuidar dos seres e acalmá-los, é possível praticar ação incrementadora de facilitar e semear boas qualidades e irrigar essas boas qualidades nos seres, e é super importante também não permitir que ações negativas frutifiquem.
E, enfim, nada teria sentido se ao final da vida pelo menos a pessoa não compreendesse, em algum momento, o aspecto que não nasce e não morre da própria vida. Então, quando a pessoa é capaz de olhar desse modo, aí brota compaixão pelos outros, brota alegria na ação pelos outros e brota a qualidade de ver coisas positivas nas outras pessoas. E a pessoa se dá conta de que olhando desse modo em todas as direções é o melhor que ela pode fazer. Aí a vida dela melhora.
Então, minha sugestão é não pensar que você tenha que fazer alguma outra coisa do que cuidar dos filhos, cuidar da casa e fazer as coisas andarem. Então, se mantenha cuidando dos filhos, se mantenha fazendo as várias coisas, mas faça isso como algo muito especial, muito amoroso, muito compassivo. Entenda as pessoas e se alegre com o que de bom vai acontecendo com os outros. Não pense: “agora estou fazendo isso que é um peso, depois vou fazer alguma coisa que é uma coisa boa”. Aquilo que é peso a gente vai transformar em uma coisa boa para o outro, e se é bom para o outro nós nos alegramos.
Então, não tem separação: tudo o que a gente faz, a gente se alegra porque aquilo é bom para os outros. A gente não precisa se alegrar porque é bom para nós. Essa é a sabedoria da igualdade.
Ensinamento oferecido por Lama Padma Samten em 11 de abril de 2018, no templo do CEBB Caminho do Meio.
Foto: Zé Paiva
Transcrição: Clarissa Gleich
Edição: Stela Santin
Veja aqui o ensinamento completo:
A pergunta transcrita acima está em 33:13.

Compartilhe esse conteúdo para chegar a mais pessoas

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on email
Email

Conteúdos relacionados

RECENTES

INFORMATIVO DO CEBB

Inscreva-se para receber por email nossa programação de práticas, palestras e retiros.

ENSINAMENTOS EM VÍDEO

ENSINAMENTOS TRANSCRITOS

AGENDA DO LAMA