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Budismo, meditação e cultura de paz | Lama Padma Samten

Qual a importância da energia na liberação das bolhas?

 “O processo rápido de liberação é reconhecer que aquilo é uma bolha.”
A gente está estudando esses fatores todos que constituem a bolha, que incluem a energia.  A energia é um desses fatores.  A gente está estudando a gênese do processo de prisão. A gênese do funcionamento da bolha, só para que a gente possa ver que aquilo é uma bolha mesmo, porque o processo rápido de liberação é reconhecer que aquilo é uma bolha. Por que esse é um processo rápido de liberação? Porque quando a gente localiza que aquilo é uma bolha, a gente só consegue localizar que é uma bolha, porque nós estamos fora daquela bolha.
É como alguém que passa cinco anos e diz: “eu, quando vivi aquilo, estava alucinado, eu não sei onde que eu tava… Eu fiz aquilo tudo, mas hoje eu olho para aquilo e eu nunca faria aquilo.” Então, a pessoa ganhou uma liberdade com relação àquela bolha, por isso ela é capaz agora de criticar aquilo e olhar livre para aquilo, pois ela não faria aquilo. Então, ela obtém uma liberação. A gente poderia pensar: mas como é que você obteve a liberação daquilo? Você lutou contra aquilo? Você fez esforços? Você treinou? Não, a pessoa não treinou. Ela vai dizer: “Eu apenas vivi o meu sofrimento, vivi o meu envolvimento, fui andando daqui pra lá, de lá pra cá e um dia eu olhei e vi que aquilo era uma bolha, era um surto”. Então, a pessoa só consegue ver isso porque ela já está fora, mas aqui nós estamos treinando sair. A gente não precisa esperar cinco anos. A gente olha coisa por coisa e a gente vê como que aquilo é montado. Quando a gente vê como é que aquilo é montado, a gente só consegue ver como que aquilo é montado, porque nós estamos fora. Para treinar a saída, a gente usa a meditação. A gente fica com uma cara meio ausente. Aí nós começamos a olhar as coisas mesmo que a gente está passando. Nós estamos um pouco distanciados, por isso que nós começamos a ver a bolha daquilo.
Porque a gente senta em meditação e treina isso, a gente ganha cinco anos, dez anos, vinte anos, que é o tempo que a gente talvez precisaria para ir para um outro lugar pra poder olhar aquela experiência, mas aí já está tudo mal feito, aquilo já foi explodido, já deu maiores problemas. Então, é melhor que a gente pratique isso, porque nós ganhamos muito tempo.
A gente pratica shamata e depois a gente vai contemplando as bolhas onde a gente está envolvido, diretamente, as coisas que a gente está vivendo. Aí nós ganhamos liberdades. Mas mesmo que a gente tente ver as bolhas, as bolhas contra-atacam. O contra-ataque das bolhas está descrito no item 2B*: porque brota energia, porque brota propósito, brota coerência, brota visão estratégica, brota causalidade, brota essas várias coisas. A pessoa diz “Não, isso é, porque, enfim, se eu fizer assim, é alguma coisa!” Mas aquilo tudo é bolha.
A gente precisa localizar em coisas simples e depois a gente vai pegando as coisas mais próximas das nossas sensibilidades, até que a gente consegue atravessar esses aspectos.
*do roteiro de Oito Pontos do Prajnaparamita
Ensinamento de Lama Padma Samten no retiro sobre Prajnaparamita, em maio de 2016 no CEBB Mendjilá, na cidade de Canelinha-SC. 

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